uH!

O blog

Tequila com morango. Simples assim.
Você leva a sério, mas só até certo ponto.

E na ressaca da manhã seguinte.

It'sa me, Mario!

- a seguir, adjetivos aleatórios que deveriam me definir -
1) ruiva, canhota, nortista.
2) publicitária, irônica, nerd.
3) aleatória, roxa, nexialista.
escolha seus preferidos.

Eu gosto do Batman, mas sou mesmo o Coringa.

A do dia.

"Ia falar "tristeza do dia", mas não chega perto da tristeza real do dia... Às vezes a gente reclama de coisa tão besta e perde o foco da importância das coisas e das pessoas. Mas algumas vezes faço de propósito, só pra aliviar. Pra distrair."

Toda aquela máxima de só dar valor depois que perde é bem verdade. É foda precisar de um choque de realidade e é difícil tomar um tapa na cara seguido de outro, de outro e de outro... O mundo contina girando, não importa se você tá lá no chão caído ou se tá mandando tudo à merda e fazendo o que dá vontade.

É que nem luta de boxe, só que pior. Não importa se você se recuperou. Sempre vai ter um cruzado de esquerda, um de direita, um gancho e, de repente, um pontapé.
E você lá, no chão. Na merda.

O que a gente leva da vida é a vida que a gente leva?
Então a gente não leva porra nenhuma. Ninguém vive a vida ao seu máximo ou olha pra trás e diz "não me arrependo de nada". Eu costumava dizer isso, costumava, de verdade, acreditar que todos os caminhos - mesmos os muito errados e tortos e não seguros em de se comentar a respeito - me levaram até onde eu estou hoje e que eu não faria nada diferente. É mentira.

Todo mundo queria refazer aquele cenário. Ter uma chance de levar uma melhor numa discussão, ter dado um conselho, ter escolhido uma roupinha melhor pra aquela festa, não ter tomado aquela garrafa toda de vodka ou ter aproveitado uma oportunidade única de experimentar uma droga que sempre teve vontade mas que, por medo - de tudo e de nada -, acabou deixando pra lá. Babaquice dizer que não.

As merdas que acontecem tendem a tornar a tente mais forte, mas é dar murro em ponta de faca pensar que, se por acaso tivéssemos uma caixa azul que voasse no tempo-espaço e que isso não causasse um paradoxo que destruísse o universo, a gente iria lá e faria a coisa certa. Ou errada. A gente tá aqui pra errar, pra se arrepender e pra fazer certo DEPOIS,  não antes.

Nem todo mundo aprende, mesmo com um choque de realidade tão grande. A vida é frágil. Um segundo e já foi, adeus você. Virou tablóide e, se tiver sorte, mobilização online e tópico de conversas. O peso disso pra alguém na "flor da juventude", a ideia de que a vida é nada mais que um passo em falso é aterrador. É deprimente. É... Estimulante. Tudo ao mesmo tempo.

Tudo depende de como você encara isso. Daquele que promete viver ao máximo pelo outro - como se isso trouxesse alguma forma de compensação cósmica - até aquele que se conforma de que a vida é uma gosta e que pra quem fica só resta esperar o fim dela mesmo, tudo passa aqui dentro.

A indagação dos quês e porquês e de "o que estou fazendo com a MINHA vida" são inevitáveis e a proatividade é assustadora. A gente tenta abraçar o mundo com pernas e braços e unhas e tudo o que tiver de armas, numa tentativa desesperada de fazer com que a NOSSA vida também tenha valido a pena. Todas aquelas reflexões de final de ano (então é Natal e o que você fez?) dão na sua cara e querem te despertar pro mundo... Ou te fazer desistir dele.

Não sei onde eu me encaixo. Nisso, na vida, no universo e tudo mais.
Um pouco de cada, mas em lugar algum. O de sempre.

Sei que a luta de boxe não acaba até soar o gongo. O problema é saber quando vai ser.